Sedentarismo ameaça a saúde e aumenta riscos de doenças crônicas

A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) realiza um alerta sobre os riscos do sedentarismo e seus impactos na saúde da população. O hábito de ficar longos períodos sem se movimentar vai muito além do desconforto físico. A falta de atividade está diretamente relacionada ao aumento de doenças crônicas e à mortalidade. No Brasil, o sedentarismo é responsável por cerca de 300 mil mortes anuais e atinge 47% dos adultos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 Entre os jovens, o número é ainda mais alarmante: 84% são considerados sedentários. Para alertar sobre os riscos, o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, celebrado em 10 de março, reforça a importância da prática regular de atividades físicas.

 No Tocantins, a situação preocupa. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), de 2024, apontam que 29,75% da população adulta do Estado está com obesidade, fator diretamente relacionado ao sedentarismo e a hábitos alimentares inadequados.

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos devem realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas moderadas ou 75 minutos de intensidade vigorosa. Entretanto, estudo publicado na revista The Lancet Global Health mostrou que 1,8 bilhão de adultos no mundo (31%) não atingiram esse nível mínimo em 2022, e a tendência é que esse percentual aumente para 35% até 2030.

 A falta de movimento não afeta apenas o corpo, mas também a mente. Ela está associada a doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, além de diabetes tipo 2, câncer de mama e cólon, osteoporose e distúrbios neurológicos, como depressão e demência. “A população precisa compreender que exercício não significa apenas academia ou esporte de alto desempenho. Movimentos simples, como caminhadas, subir escadas e até mesmo alongamentos diários, já fazem uma grande diferença na saúde e no bem-estar”, destacam especialistas.

 O nutricionista da SES-TO, Walter Soares explicou que o sedentarismo contribui para a obesidade devido ao baixo gasto calórico, já que a ausência de movimento faz com que o corpo queime menos calorias do que consome. “Isso resulta no aumento da gordura corporal, pois a energia não utilizada pelo corpo é armazenada como gordura. Além disso, o sedentarismo aumenta o risco de doenças associadas, como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares”, alerta o especialista.

 Para evitar esse cenário, Walter Soares recomenda a adoção de pequenas mudanças na rotina, que podem fazer grande diferença na saúde. “Atividades simples, como caminhar diariamente, ir ao mercado ou a outros locais a pé sempre que possível, alongar-se ao acordar e durante o dia, usar menos transporte motorizado para curtas distâncias e participar de atividades prazerosas, ajudam a combater o sedentarismo. Pequenas mudanças podem gerar grandes impactos na saúde, e o melhor dia para começar é hoje”, enfatiza.

 A pesquisa Saúde e Trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI), de 2023, revelou que 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. Apenas 22% fazem exercícios diariamente e 13% pelo menos três vezes por semana. O Ministério da Saúde alerta que três em cada cem mortes no Brasil podem ter influência do sedentarismo.

 Para reverter esse quadro, profissionais de saúde recomendam a inclusão de movimentos no dia a dia. Pequenas atitudes, como optar por trajetos a pé sempre que possível, pedalar, praticar esportes recreativos e reduzir o tempo sentado, podem ter grande impacto na qualidade de vida e na prevenção de doenças.

Fonte: Ascom/SES-TO

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